Era uma tarde ensolarada. Eu estava caminhando
pelo bosque da cidade quando dei de cara com uma criatura verde, feio feito
lagartixa com cara de barata, de grandes olhos esbugalhados e com uma cabeça
enorme, maior do que a cabeça do meu tio Zózimo.
Tentei fugir, mas a criatura sacou uma engenhoca,
não sei de onde, e disparou um raio em mim. O raio não me desintegrou, nem me
transformou numa lesma extraterrestre; mas, quando abri os olhos, estava dentro
de um disco voador!
Ao meu lado, o ser alienígena que me abduziu me
observava com uma enorme lente de aumento. Quase gritei de susto, mas ele
pediu, em português bem claro, que me acalmasse. Vejam só! O sujeito esquisito
e feioso sabia falar a nossa língua!
Ele perguntou meu nome. Respondi, educadamente,
quando, de repente, o alienígena bateu uma de suas quatro mãos na própria
testa, fazendo cara de espanto, e saiu correndo em direção aos controles do
disco voador para me devolver ao planeta Terra.
Pensei que fosse por algo que eu havia dito, mas
ele me explicou que, na verdade, estava atrás de seu sobrinho fujão chamado
Kukinhas, e que se parecia muito comigo.
Saí tão aliviado dessa confusão, que nem me toquei
de que o alienígena me confundiu com outra criatura verde e feia como ele só.
Fim.
– Muito bem, Luquinhas! Gostei da sua redação!
Tirou dez!
– Puxa! Obrigado, professora!
Tirar dez não é uma coisa que acontece com
frequência na vida do Luquinhas. Dá pra imaginar, então, o quanto ficou feliz
com o desfecho dessa história.